Quando surgiu o transplante capilar?
As cirurgias de microtransplante capilar começaram a ser realizadas na década de 80. Embora elas já existissem anteriormente, foi nessa época que foi estabelecido um padrão, e, inclusive, o responsável por esse feito foi um médico brasileiro.
O Transplante Capilar funciona?
Sim! Após o desenvolvimento da técnica, ela foi popularizada mundialmente, e hoje, está bastante aperfeiçoada, sendo a segunda mais realizada dentro do campo das cirurgias plásticas masculinas, perdendo apenas para a lipoaspiração.
O grande responsável da alopecia androgenética (calvície hereditária), além dos próprios genes do indivíduo, é uma hormona denominada de dihidrotestosterona (DHT). No nosso organismo, a testosterona se converte em DHT, e algumas áreas do couro cabeludo, como a região frontal, a coroa e as famosas “entradas”, têm uma maior quantidade de receptores dessa hormona, não sendo por acaso, são essas as regiões principais de queda de cabelo nos homens.
Quase 100% dos calvos ainda têm cabelos nas áreas laterais do couro cabeludo e na nuca. É justamente por isso que essas áreas servem como doadoras de folículos no transplante capilar. Ao transplantar tecido de qualquer parte do corpo humano para outra, ele manterá as características do local de origem, e não da região para a qual foi transplantado. Desse modo, caso, por exemplo, parte da pele do joelho seja introduzida no rosto, ela manterá o aspecto espesso típico da região de onde foi removida.
Assim, os cabelos transplantados carregam consigo as características da área de onde saíram, conservando-as por tempo indeterminado. Logo, os folículos transplantados não terão tendência à cair.
O Transplante Capilar é uma intervenção dolorosa?
Não, é utilizada uma anestesia local que assegura que o Transplante Capilar seja completamente indolor. O paciente irá estar completamente relaxado, poderá ver um filme ou simplesmente descansar.
Quem pode fazer transplante capilar?
O transplante capilar pode ser realizado tanto em homens quanto em mulheres, passando por algumas variações devido às mudanças existentes entre os corpos feminino e masculino. Assim, praticamente todas as pessoas afetadas pela calvície poderão se submeter à cirurgia, até mesmo diabéticos e hipertensos.
Contudo, algumas pessoas possuem uma zona dadora pobre em densidade capilar. Essa quantidade mínima de folículos poderá ser insuficiente para estabelecer uma boa cobertura da área do couro cabeludo comprometida pela calvície.
Cerca de 5% dos homens não podem realizar o transplante devido à insuficiência de folículos na área doadora, esse número se eleva para 30% com relação às mulheres. Nesses casos, a cirurgia poderá ser inviável ou trazer resultados poucos satisfatórios. Dessa forma, para que a cirurgia seja bem sucedida, é fundamental que o paciente tenha uma boa quantidade de folículos na área doadora.
Podem ser transplantados folículos de uma pessoa para outra?
Não. Apesar de não ser impossível transplantar cabelos entre indivíduos, são grandes as hipóteses dessa ação gerar complicações futuras, já que os folículos implantados serão vistos como elementos estranhos pelo organismo e serão rejeitados. Por fim, a medicina não vê como justificável a realização de enxertos para fins puramente estéticos.
Qual é o melhor momento para fazer um transplante capilar?
Não há um momento certo para a realização do transplante capilar, tudo depende da vontade do indivíduo, porém, para pacientes com menos 25 anos, normalmente indica-se a realização de tratamentos clínicos a base de loções, multivitamínicos e medicamentos para retardar a queda capilar.
Essas terapias poderão poderão ser realizadas até o momento em que não surtirem mais efeito, ocasião na qual a cirurgia poderá ser encarada como uma alternativa diante da perda dos cabelos. De qualquer forma, cada caso é um caso, e mesmo jovens podem realizar a referida cirurgia caso sua calvície e já tenho evoluído para estádios mais avançados. Assim, o recurso cirúrgico é recomendado tanto para pessoas que atingiram um elevado grau de calvície, quanto para aquelas que já começaram a perder fios e não querem deixar a calvície se estender.
FUE: Transplante Folículo a Folículo
A FUE (Follicular Unit Extraction) é a mais moderna técnica de transplante capilar, e permite reverter o quadro de calvície com bastante naturalidade e eficiência, na FUE utiliza-se aproximadamente 2.000 a 3.000 folículos por sessão.
Infelizmente ainda existem muitos profissionais que utilizam técnicas antigas de transplante de cabelo, responsáveis por conferir um aspecto final totalmente desagradável ao paciente. Por outro lado, esses cabelos podem ser removidos e reimplantados, transformando significativamente o semblante do indivíduo. Estatisticamente, de cada sete cirurgias de transplante realizadas no mundo, uma é feita com o objetivo de corrigir um procedimento anterior mal executado.
Resultados
Os resultados poderão variar de acordo com a espessura dos cabelos da área doadora, volume de cabelos presentes, dimensões da região afetada pela calvície, além de uma série de outras nuances, como, por exemplo, a quantidade de cabelos brancos do paciente.
A aplicação da técnica antiga de transplante capilar produzia os chamados “cabelos de boneca”, em que tufos de cabelo eram implantados bem distantes uns dos outros, e as unidades foliculares abrigavam cabeludos em excesso, com 10 ou até 20 deles por grupo.
Já na FUE, a probabilidade de se obter um cabeleira com aspecto mais natural é muito maior, porém, mesmo nesse caso deverão ser tomados alguns cuidados, assim, se, por exemplo, a linha que define a região que receberá o transplante não for natural, possuindo um traço muito reto ou exageradamente para a frente, o transplante poderá ficar perceptível. Dessa forma, pode-se dizer que o resultado final irá variar de um paciente para outro e de uma equipa médica para outra.